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VITOR MACHADO
A corrida entre os atacantes do Flamengo para conquistar a confiança da comissão técnica, desde a época de Rogério Lourenço, é repleta de tropeços. Não à toa o artilheiro do time no Campeonato Brasileiro é Petkovic, hoje reserva, com apenas cinco gols. Mas, entre as opções mais ofensivas, estão na frente Deivid e Diego Maurício, com quatro gols cada. O primeiro ainda é dúvida para o jogo de domingo, pois se recupera de uma entorse no tornozelo direito sofrida na partida contra o Guarani. Já o segundo, se for escalado, briga para conseguir o que pouco foi feito na competição pelo time rubro-negro: um jogador fazer gol em duas partidas seguidas.
Apenas quatro jogadores conseguiram tal sequência. O primeiro foi Vagner Love, que hoje está no CSKA, da Rússia. Ele balançou as redes no empate por 1 a 1 com o Vitória, no primeiro turno, e na rodada seguinte, na vitória por 3 a 1 sobre o Grêmio Prudente. Além dele, Petkovic marcou contra o Grêmio e Palmeiras, e Renato Abreu deixou a sua assinatura diante de Internacional e Vasco.
Mas a melhor sequência foi a de Val Baiano, que fez três gols nas duas primeiras partidas do time com Vanderlei Luxemburgo no comando, contra Atlético-GO e Avaí. Diego Maurício, recém-promovido dos juniores, sabe que ainda briga pelo seu espaço nos profissionais.
"Isso é com o professor Vanderlei (Luxemburgo). Se ele optar por me deixar no grupo para 2011, estarei disposto a ajudar. Outro dia, eu estava em casa pensando que há um ano eu estava indo ao Maracanã para ver o jogo contra o Goiás como torcedor. Um ano depois, isso tudo está acontecendo comigo. Agradeço a Deus e fico feliz pelo trabalho. Fico triste por estarmos perto da degola. Pelo nosso elenco, não merecíamos", disse Diego Maurício.
O outro atacante, Diogo, fez apenas um gol em 16 jogos. Com isso, o jogador balançou as redes o mesmo número de vezes de jogadores como Denis Marques e o goleiro Bruno. Diego Maurício sabe que precisa engrenar para não empacar entre a atual temporada e o ano que vem. E um gol salvador contra o Cruzeiro seria uma espécie de credencial para se manter no elenco principal.
"Eu comecei bem no profissional, fiz gol, mas acabei dando uma oscilada. Estou trabalhando forte para quando surgir uma nova oportunidade eu não oscilar e dar continuidade", disse o atacante, que não sente o peso da responsabilidade. "Estou levinho", brincou.