Alex Melos= Aposentado Coordenador
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| Assunto: [noticia] Empresas criticam possível lei contra “jogos ofensivos” 9/2/2010, 10:14 | |
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Contatadas pelo UOL Jogos, algumas empresas que atuam no mercado brasileiro criticaram o projeto de lei criado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO). A votação ainda não aconteceu, mas o projeto diz que produzir, importar ou distribuir jogos considerados “ofensivos” aos costumes e tradição dos povos, assim como cultos, religiões e símbolos. Marcos Khalil, chefe da UZ Games, disse que “os impactos começariam na já pequena indústria nacional, que ficaria ainda menos competitiva, repercutiriam no comércio, que sem jogos para vender teria que fechar as portas, demitir ou dar menos empregos, e, pior, alimentaria a pirataria e a venda ilegal.”
Glauco Bueno, diretor de marketing e estratégia para América Latina da Synergex, que distribui jogos de empresas como Capcom e Take-Two, “seria um retrocesso ao avanço da indústria do entretenimento multimídia brasileira, com sérios efeitos na cadeia produtiva e formação de know-how tecnológico, além de mergulhar ainda mais o mercado numa seara de clandestinidade.”
Julio Vieitez, da Level-Up, questiona a interpretação do projeto. “É muito genérico e nem dá para entender direito qual é o objetivo, se é proibir, por exemplo, pedofilia ou apologia às drogas. O conceito de ‘ofensivo’ é muito relativo, pois o que ofende um não ofende o outro.”
“O projeto de lei fere o livre arbítrio da população, além de promover a volta do monstro da censura,” diz Gilberto Akisino, diretor da Gamemaxx. “Vamos questionar os fabricantes presentes no Brasil, como Sony e Microsoft, que são os mais capacitados a tentar derrubar o projeto,” disse Lucia Schröter, gerente de marketing da NC Games.
O curioso é que o senador reconhece que não tem o hábito de jogar, e nem ao menos poderia informar jogos que se encaixariam no seu projeto de lei. No entanto, ele acredita que não obedecem o sistema de Classificação Indicativa, semelhante ao ESRB.
Davi Ulisses, diretor do Departamento de Justiça, responsável pela Classificação Indicativa, preferiu não comentar o que foi dito por Raupp, mas diz que “A Classificação Indicativa defende a liberdade de expressão e escolha do consumidor e cabe aos pais decidirem o que seus filhos podem ou não jogar.”
O UOL Jogos ainda tentou contatar o senador para obter respostas por meio do telefone e e-mails, ms não obteve resposta. Já empresas como Sony, Microsoft, Nintendo, Electronic Arts, Disney, IDG e Real Networks preferiram não comentar.
O Hardcore Gaming acredita que a indústria brasileira pode crescer e convida todos para a criação de uma carta aberta ao senador, para ser elaborada com o tempo e com a ajuda de diversos outros blogs relacionados à indústria. |
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